É de conhecimento da maioria
que nas atividades ligadas ao serviço de saúde os trabalhadores estão expostos
a alguns riscos e recebem um adicional de insalubridade. Os serviços que os
Aces realizam, não ocorrem na maior parte do tempo em ambientes fechados ou
controlados, o que os expõem a diversas vulnerabilidades, sendo elas: físicas, psicológicas
ou sociais.
Os principais fatores de
risco a que podem estar expostos os ACEs encontram-se relacionados abaixo:
São considerados fatores de risco químicos as
diversas substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo
pelas vias respiratória, dérmica ou oral, sob a forma de poeiras, fumos,
névoas, neblinas, gases, vapores ou líquidos. A exposição a esses fatores de
risco pode ser decorrente da manipulação dos agentes químicos ou do meio
ambiente por eles contaminado.
Os agrotóxicos
(insumos) estão entre os mais importantes fatores de risco para a saúde dos
trabalhadores e para o meio ambiente. São utilizados em grande escala por
vários setores produtivos, inclusive pelos serviços de saúde pública no combate
às endemias.
O quadro identifica os
agrotóxicos utilizados atualmente em saúde publica. Os agrotóxicos podem causar
quadros de intoxicação aguda e crônica que poderão se manifestar de forma leve,
moderada ou grave. Antes da aplicação de qualquer agrotóxico, faz-se necessário
que o trabalhador conheça os efeitos que este possa causar à sua saúde e as
medidas (coletivas e individuais) recomendadas para sua proteção, além de
utilizar adequadamente os equipamentos de proteção individual.
b) Sobre os fatores de risco físicos:
Radiações Não-Ionizantes (RNI) Os
efeitos bastante conhecidos são os da radiação ultravioleta (UV) que, em geral,
só se manifestam com o passar do tempo, pois vão se acumulando no organismo. As
lesões na pele começam a aparecer na maioria das vezes, por volta dos 40 anos
de idade com o aparecimento de manchas que podem evoluir para câncer. O
cristalino do olho apresenta característica que o torna especialmente sensível
às radiações eletromagnéticas e UV, devido ao fato de que a sua baixa
vascularização dificulta a dispersão do calor, originando a catarata. Todos os
trabalhadores envolvidos nas atividades de campo estão submetidos a longos
períodos de exposição à radiação solar podendo causar os efeitos nocivos à
saúde, a médio e longo prazo. A prevenção de alterações de pele provenientes da
exposição ocupacional crônica às radiações não-ionizantes, principalmente a
radiação UV, baseia-se na vigilância dos ambientes, das condições de trabalho e
dos efeitos ou danos à saúde. Uma das medidas preventivas mais importantes é a
limitação da exposição à luz UV e aos demais tipos de radiação, a fim de
minimizar a exposição à radiação solar sobre a pele: mudança nos horários de
trabalho em que a exposição à luz solar é mais intensa, diminuição do tempo de
exposição, uso de EPI adequado à proteção da radiação (camisa de mangas
compridas, calça comprida, chapéu com abas largas) e de protetor solar.
c) Sobre os fatores de risco biológicos:
Consideram-se agentes biológicos os microrganismos, geneticamente modificados ou não, as culturas de
células, os parasitas, as toxinas, os príons, os protozoários, os vírus, entre
outros, que, ao interagirem com o organismo humano, podem resultar em doenças.
Embora pouco registrado como tal, um problema de saúde muito comum entre os ACE são as doenças respiratórias causadas por
ácaros, pólen, detritos de origem animal, bactérias e fungos. Além dessas, os
trabalhadores, a partir do contato diário com a população ou com os vetores e
reservatórios, podem adquirir doenças, transmissíveis ou não transmissíveis,
endêmicas ou não, destacando-se a dengue, febre amarela, raiva, tuberculose,
chagas e leishmaniose. Algumas das fontes de contaminação a que os agentes de
saúde estão expostos são as águas contaminadas existentes nas comunidades
visitadas, devido a problemas de saneamento ambiental.
d) Sobre os fatores de risco ligados a
acidentes:
Os
acidentes de trabalho são fenômenos determinados por uma série de fatores
presentes nos ambientes de trabalho, nos quais estão implicados, além das
características próprias dos processos produtivos, as formas de organização e
de gestão do trabalho, os critérios de seleção de tecnologias, os julgamentos
quanto à relação custo-benefício e as opções tomadas quanto à proteção da saúde
dos trabalhadores. Esses acidentes podem ser considerados previsíveis e,
portanto, preveníveis, dado que os fatores causais estão sempre presentes bem
antes do desencadeamento da ocorrência.
As atividades dos ACE os expõem a situações de risco de acidentes,
podendo-se citar como principais: quedas de diferentes alturas, choque contra
obstáculo, projeção de partículas, perfurações, cortes, contusões, ferimentos,
ataques de cães, picadas de animais peçonhentos e de insetos. Não se pode
deixar de citar as agressões interpessoais e os acidentes de trajeto, que vão
desde atropelos, colisões e incêndio, bem como os assaltos. Os acidentes com
animais peçonhentos podem ocorrer principalmente com ofídios, aracnídeos e
escorpiões, podendo acontecer também com abelhas, vespas (maribondos), entre
outros. Vale ressaltar, ainda, a ocorrência com outros animais como as
mariposas.
Conclusão:

ATCERIO
Rio de Janeiro, 13 de julho de 2016.
Colaborador: Anderson de Oliveira da Silva (Cap 5.2)
Que legal essa matéria. Gostei. Posso reproduzir?
ResponderExcluirQue bom que gostou Regina. Fi que a vontade para disponibilizar o material, é nosso.
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