"A proximidade gera familiaridade, que por sua vez, gera confiança."
(Nocholas Sparks)
O modelo de política de proximidade que gostaria de abordar, por hora, é aquele que possui uma maior relação de aproximação de nossa parte com o cotidiano da população a qual interagimos no dia-a-dia e que nos tornemos assim, mais visíveis aos olhos dos diferentes sujeitos que lidamos. Pensar política de proximidade é, antes de tudo, compreender o potencial de articulação entre os diversos atores envolvidos em nosso cenário (profissionais, população, gestores) no universo da promoção em saúde.

No campo da saúde coletiva, na maioria das vezes, o território é compreendido apenas sob a égide da norma, ou seja, como mero palco onde as ações devem ser desenvolvidas. Quando, de fato, a categoria território deve ser usada na compreensão do espaço vivido das populações para subsidiar as intervenções propostas pelas políticas de saúde e demais intervenções. A partir do momento que os agentes visitam os domicílios, conversam com as pessoas, relacionam-se com as comunidades, eles passam a entender que o território não é estático, abstrato, mera cartografia. O território é dinâmico, complexo e representa como a sociedade se relaciona.
Utilizar o território apenas como categoria de divisão do processo de trabalho, através de mapeamentos, esquadrinhamento do espaço, definição de áreas de abrangência, é reduzir o potencial de análise do cotidiano das populações que é condição para pensarmos ações de promoção da saúde e interferência no cotidiano. Precisamos fazer política de proximidade para transcender dados quantitativos, definido por um conjunto de imóveis, quadras ou bairros.

O trabalho do ACE não se resume à prática de monitorar o ambiente, intervindo por meio de técnicas de tratamento ambiental e educação, mas também compete informar às pessoas presentes nos imóveis visitados a situação de saúde e cotidiano, com base nas informações coletadas nas visitas rotineiras e observações do contexto. Faz-se necessário a prática cada vez mais constante da política de aproximação com a sociedade.
ATCERIO
Rio de Janeiro, 27 de julho de 2016.
Colaboradora: Eliza Abrantes (Cap 3.2)
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